EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DA GRANDE VITÓRIA, ES

Autores

  • Laila Radael Albiani Empresa Brasileira de Ensino Pesquisa e Extensão- MULTIVIX https://orcid.org/0000-0002-1304-0293
  • Juliana Magna de Souza Quartezani Duarte
  • Eduardo Pinheiro Barbiero
  • Nicolas Schwambach Krohling
  • Patrick Soares Dorigheto
  • Marcela Segatto do Carmo
  • Vinicius Santana Nunes
  • Ruy da Silva Rodrigues

Resumo

Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um importante problema de saúde pública, com um grande número de vítimas acometidas ainda em fase produtiva de vida, gerando um importante impacto econômico e social. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e clínico dos pacientes vítimas de TCE atendidos em um grande hospital público de urgência e emergências e alertar médicos e estudantes de medicina sobre a importância do registro adequado de dados para fins epidemiológicos. Método: Revisão retrospectiva de prontuários de pacientes vítimas de TCE internados entre 2015 e 2016. Resultados: A análise corroborou achados prévios de literatura, com predomínio do sexo masculino e de traumatismos leves. Os mecanismos mais frequentemente observados foram a queda da própria altura, acidentes motociclísticos, quedas de um nível ao outro e agressões. Conclusão: Apesar do esforço de campanhas públicas principalmente voltadas para segurança no trânsito, observou-se ainda um número elevado de pacientes com TCE graves. O estudo dos mecanismos mais prevalentes chama a atenção para a necessidade de desenvolvimento de campanhas especificas para determinados grupos de risco, como motoqueiros, ciclistas e idosos com risco de queda. Há ainda uma escassez de estudos epidemiológicos em língua portuguesa sobre o tema, tornando difícil a avaliação do impacto destas medidas de prevenção sobre a morbidade e mortalidade deste tipo de trauma.

Biografia do Autor

  • Laila Radael Albiani, Empresa Brasileira de Ensino Pesquisa e Extensão- MULTIVIX
    Acadêmica em medicina na faculdade Multivix - Vitória.

Referências

Oliveira E, Lavrador JP, Santos MM, Antunes JL. Traumatismo Crânio-Encefálico: Abordagem Integrada. Acta Med Portuguesa, maio-junho/2010. http://www.redereab.pt/docs/TCE_Abordagem_Integrada.pdf

MARTINS, C.B.G; ANDRADE, S.M, Causas externas entre menores de 15 anos, Revista Bras Epidemiol 2005; 8(2): Páginas 194-204. http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbepid/v8n2/12.pdf

Teasdale G, Jennett B. Assessment of coma and impaired consciousness: a practical scale. Lancet. 1974;2:81–4. DOI:https://doi.org/10.1016/S0140-6736(74)91639-0

COSTA DEGANI, Gláucia et al. Idosos vítimas de trauma: doenças preexistentes, medicamentos em uso no domicílio e índices de trauma. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 67, n. 5, 2014. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2014670513

RODRIGUES, C.L. et al. Acidentes que envolvem motociclistas e ciclistas no município de São Paulo: caracterização e tendências. Revista Brasileira de Ortopedia. 49(6): 602–606. 2014. https://doi.org/10.1016/j.rbo.2014.01.019

SOUZA, E.R. et al. Morbimortalidade de homens jovens brasileiros por agressão: expressão dos diferenciais de gênero. Ciência & Saúde Coletiva. 17(12): 3243-3248. 2012 https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232012001200009&script=sci_arttext&tlng=

DE ALMEIDA GENTILE, João Kleber et al. Condutas no paciente com trauma crânioencefálico. Rev Bras Clin Med. São Paulo, v. 9, n. 1, p. 74-82, 2011. http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/15106/2256654_109700.pdf

CARDOS, Aylia Virginia de O. et al. Uso de escala de coma de glasgow para avalição de nível de consciência de pacientes com traumatismos cranioencefalicos. Rev Eletrônica Acervo Saúde, v.5, S249- S255, 2017. https://www.acervosaude.com.br/doc/S-13_2017.pdf

DE MOURA, José Carlos et al. Perfil clínico-epidemiológico de traumatismo cranioencefálico do Hospital de Urgências e Traumas no município de Petrolina, estado de Pernambuco. Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery, v. 30, n. 03, p. 99-104, 2011. DOI: 10.1055/s-0038-1626501

MAGALHÃES, Ana Luisa Gonçalves et al. Epidemiologia do traumatismo cranioencefálico no Brasil. Revista Brasileira de Neurologia, v. 53, n. 2, 2017. https://www.researchgate.net/profile/Leonardo_Cruz_De_Souza/publication/320352679_Epidemiology_of_Traumatic_Brain_Injury_in_Brazil/links/59df66a2a6fdccfcfda35840/Epidemiology-of-Traumatic-Brain-Injury-in-Brazil.pdf

DANTAS FILHO, Venâncio Pereira et al. Relevant factors in 206 patients with severe head injury. Arquivos de neuro-psiquiatria, v. 62, n. 2A, p. 313-318, 2004. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2004000200022

MILLER, J. Douglas et al. Further experience in the management of severe head injury. Journal of neurosurgery, v. 54, n. 3, p. 289-299, 1981. http://thejns.org/doi/abs/10.3171/jns.1981.54.3.0289

RUY, Erika Lopes; DA ROSA, Maria Inês. Perfil epidemiológico de pacientes com traumatismo crânio encefálico. Epidemiological profile of patients with traumatic brain injury. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 40, n. 3, 2011 http://www.acm.org.br/acm/revista/pdf/artigos/873.pdf

Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). https://www.into.saude.gov.br/

SANTOS NASCIMENTO, Janaína; DOS SANTOS TAVARES, Darlene Mara. Prevalência e fatores associados a quedas em idosos. Texto & Contexto Enfermagem, v. 25, n. 2, 2016. https://doi.org/10.1590/0104-07072016000360015

CHEHUEN NETO, José Antonio et al. Percepção sobre queda e exposição de idosos a fatores de risco domiciliares. Ciencia & saude coletiva, v. 23, p. 1097-1104, 2018. https://doi.org/10.1590/1413-81232018234.09252016

MOTA DE SOUSA, L. M. et al. Risco de quedas em idosos residentes na comunidade: revisão sistemática da literatura. Revista Gaúcha de Enfermagem, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/1983- 1447.2016.04.55030.

VIÉGAS, Maria Luana Carvalho et al. Traumatismo cranioencefálico em um hospital de referência no estado do Pará, Brasil: prevalência das vítimas quanto a gênero, faixa etária, mecanismos de trauma, e óbito. Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery, v. 32, n. 01, p. 15-18, 2013. http://files.bvs.br/upload/S/0103-5355/2013/v32n1/a3620.pdf

SANTOS, Ana Maria Ribeiro dos et al. Perfil das vítimas de trauma por acidente de moto atendidas em um serviço público de emergência. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, p. 1927-1938, 2008. https://www.scielosp.org/pdf/csp/2008.v24n8/1927-1938/pt

- MARÍN-LEÓN, Leticia et al. Tendência dos acidentes de trânsito em Campinas, São Paulo, Brasil: importância crescente dos motociclistas. Cadernos de Saúde Pública, v. 28, p. 39-51, 2012.

BARROS, Aluísio JD et al. Acidentes de trânsito com vítimas: sub-registro, caracterização e letalidade. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 4, p. 979-986, 2003. https://www.scielosp.org/pdf/csp/2012.v28n1/39-51/pt

GAUDÊNCIO, Talita Guerra; LEÃO, G. de M. A epidemiologia do traumatismo crânio-encefálico: um levantamento bibliográfico no Brasil. Rev Neurocienc, v. 21, n. 3, p. 427-34, 2013. http://dx.doi.org/10.4181/RNC.2013.21.814.8p

Baraona E, Abittan CS, Dohmen K, Moretti M, Pozzato G, Chayes ZW, et al. Gender differences in pharmacokinetics of alcohol. Alcohol Clin Exp Res. 2001 Apr;25(4):502-7. https://doi.org/10.1111/j.1530-0277.2001.tb02242.x

MACHADO, Ísis Eloah et al. Pesquisa Nacional de Saúde 2013: relação entre uso de álcool e características sociodemográficas segundo o sexo no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, p. 408-422, 2017. https://doi.org/10.1590/1980-5497201700030005

Holmila M, Raitasalo K. Gender differences in drinking: why do they still exist? Addiction. 2005 Dec;100(12):1763-9 https://doi.org/10.1111/j.1360-0443.2005.01249.x

Wilsnack RW, Wilsnack SC, Kristjanson AF, VogeltanzHolm ND, Gmel G. Gender and alcohol consumption: patterns from the multinational GENACIS project. Addiction. 2009 Sep;104(9):1487-500. https://doi.org/10.1111/j.1360-0443.2009.02696.x

Brasil. Decreto nº 6.117, de 22 de maio de 2007 [Internet]. Brasília, Diário Oficial da União; 23 maio 2007 [cited on 2016 July 1]. Available from: http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6117.htm

https://doi.org/10.1590/1980-5497201700030005

Downloads

Publicado

2023-07-20

Edição

v. 6 n. 1 (2023): JANEIRO - JUNHO

Seção

Artigos

Licença

• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.

Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html