PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES ADULTOS CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS ATENDIDOS PELO SUS
DOI:
https://doi.org/10.47621/Resumo
RESUMO: No Brasil, tem-se notado uma mudança no perfil da mortalidade da população, com destaque para a elevação no número de mortes por doenças cardiovasculares. No ano de 2019 foram incluídos um total de 738.371 mortes por doenças cardiovasculares não transmissíveis (DCNT) nos dados oficiais do país. Deste valor, 41,8% foram prematuras, ou seja, entre 30 e 69 anos. As DCNT, em particular o Diabetes Mellitus (DM), doenças respiratórias, doenças do aparelho circulatório e o câncer atingem em sua grande maioria as classes mais frágeis, como pessoas com baixa renda, menor nível de escolaridade e idades avançadas. Muitos são os fatores de risco associados ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares, no entanto, os mesmos podem ser classificados em modificáveis e não modificáveis. Entre os modificáveis estão: hiperlipidemia, etilismo, tabagismo, obesidade e hiperglicemia, alimentação não saudável e uso de anticoncepcionais. A avaliação do estado nutricional é imprescindível na identificação dos fatores de risco cardiovascular, uma vez que o Índice de Massa Corporal (IMC) e, principalmente, a circunferência da cintura (CC) estão relacionados com a elevação do risco de mortalidade. Ainda assim, observa-se o aumento da prevalência de excesso de peso entre adultos brasileiros. Portanto, visto o aumento expressivo do número de casos, o presente estudo visa analisar a prevalência de doenças cardiovasculares (DCV) em pacientes adultos e seu estado nutricional em um hospital filantrópico de referência em cardiologia de no município de Vila Velha/ES. É importante uma avaliação nutricional minuciosa no momento da triagem nutricional, principalmente para o estabelecimento de estratégias de intervenção, assim como orientações nutricionais, objetivando a adoção de um estilo de vida saudável, controle e prevenção das doenças apresentadas, além da redução de mortalidade.Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030 [recurso eletrônico] – Brasília: Ministério da Saúde, 2021.
CASTRO, et al. Nutrição e doenças cardiovasculares: os marcadores de risco em adultos. Comunicações • Rev. Nutr. 17 (3), Set 2004.
CHAVES, C. S. et al. Identification of risk factors for cardiovascular health personnel. Arq Ciênc Saúde. 2015;22(1):39-47.
FREIRE, A. K. S. et al. Panorama no Brasil das Doenças Cardiovasculares dos Últimos Quatorze Anos na Perspectiva da Promoção à Saúde. Saúde e Desenvolvimento. v. 11, n. 9, 2017.
FRISANCHO, A. Anthropometric standards for the assessment of growth and nutritional status. University of Michigan press, 1990.
KONDRUP, J. et al. ESPEN (European Society for Parenteral and Enteral Nutrition) guidelines for nutrition screening 2002. Clin Nutr. 2003; 22(4):415-21.
LOHMAN, T. G. et al. Anthropometric standardization reference manual. Human kinetics books, 1988.
MALTA, D. C. et al. Mortalidade por Doenças Cardiovasculares Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade e as Estimativas do Estudo Carga Global de Doenças no Brasil, 2000-2017. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. v. 115, n. 2, p. 152-160, agosto. 2020.
MUSSI, F. C.; TEIXEIRA, J. R. Doenças isquêmicas do coração e masculinidade como fatores de risco cardiovascular. Rev. Cuba. enferm, p. e1613-e1613, 2018.
Oliveira K. D. L., Sirqueira K. L., Pereira R. C. Perfil nutricional de pacientes internados em um hospital público do Distrito Federal. Com. Ciências Saúde. 2019; 30(4):13-22.
OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. Doenças Cardiovasculares, Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5253:doenca s-cardiovasculares&Itemid=1096. Acesso em: maio/2022.
ROCHA, N. C. et al. Perfil nutricional de idosos cardiopatas internados em um hospital de referência em cardiologia. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.10, p.95774-95786oct.2021
ROSA, T. L. L. et al. Avaliação do risco cardiovascular a partir de medidas antropométricas de pacientes atendidos no ambulatório de Nutrição do Centro de Hipertensão e Diabetes da Universidade Federal de Pelotas. BRASPEN J, v. 33, n. 3, p. 271-5, 21 jan. 2018.
SCHMIDT, M. et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. The Lancet Series, 2011; 4, 61-74.
SILVA, P. L. N. et al. Perfil Nutricional de Portadores de Doenças Cardiovasculares Internados em um Hospital: Estudo Prospectivo. Rev. pesqui. cuid. fundam. (Online); 10(3): 626-631, jul.-set. 2018.
SMELTZER, S. C., BARE, B. G. Histórico da função cardiovascular. In: Smeltzer SC, Bare BG. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2009. p. 682-700
SOTO, P. H. T. et al. Morbidity and hospitalization costs of chronic diseases for the Unified National Health System. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 16, n. 4, p. 567, 4 ago. 2015.
TEIXEIRA, A. M. N. C. et al. Identificação de Risco Cardiovascular em Pacientes Atendidos em Ambulatório de Nutrição. Rev Bras Cardiol, v. 23, n. 2, p. 116-123, 2010.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Technical Report Series, Geneva, 1995. 452 p.
ZANIN, J. et al. Qualidade da Dieta de pacientes com doenças cardiovasculares. BRASPEN J, v. 33, n.3, p. 282-9, 3 jul. 2018.
Publicado
Edição
Seção
Licença
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html