Caracterização microbiológica de amostras de arinterno de ambientes climatizados artificialmentede uma instituição de ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.47621/Resumo
Atualmente, a grande maioria das atividades antropogênicas são desenvolvidas em ambientes fechados. A climatização artificial cria ambientes ameaçadores à saúde humana, necessitando de monitoramento e estudo sobre a qualidade do ar destes locais. Ambientes aclimatados artificialmente possuem componentes químicos e microbiológicos emitidos por diversas fontes, que dependendo das condições físicas do ambiente, tornam-se uma preocupação para saúde pública. Desde 2003, a ANVISA, por meio da Resolução RE Nº 09, dispõe de padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo. A partir de 2020, com a pandemia de SARS-CoV2, a sociedade técnica-científica e civil intensificou a preocupação também com a qualificação dos microrganismos, buscando identificar os microrganismos presentes no ambiente interno. Diante da relevância do assunto e a necessidade de se promover políticas preventivas de monitoramento da qualidade do ar, o objetivo da pesquisa foi caracterizar a qualidade microbiológica do ar interno de uma Instituição de Ensino Superior de Vila Velha (ES). A metodologia utilizada foi do tipo experimental, baseada na caracterização da área de estudo, amostragem física, química e microbiológica, identificação microbiológica e a correlação entre tais parâmetros. Com o resultado desta pesquisa, foi possível comprovar a boa qualidade interna do ar, porém, a proliferação dos fungos podem sofrer influência dos parâmetros de temperatura, umidade e teor de gás carbônico. Dessa forma, pode-se concluir que é de suma importância a manutenção dos aparelhos de climatização e a avaliação periódica da qualidade do ar, pois, embora a análise quantitativa esteja dentro das normas, alguns microrganismos podem desenvolver complicações à saúde humana.Palavras Chave: Microrganismos, Ar interno, Ambientes climatizados.Referências
ANDRADE JÚNIOR, F. P. DE.; et al. Microsporum spp como causador de dermatofitoses: uma revisão. Research, Society and Development, v. 9, n. 5, e133953194, 2020. Disponível em:< 3194-Article-13453-1-10-20200331 (1).pdf >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
BAXI, S. N.; PORTNOY, J. M.; LARENAS-LINNEMANN, D.; PHIPATANAKKUL, W. Exposure and Health Effects of Fungi on Humans. The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Pratice, v. 4, 3 ed., p. 396-404, 2016. Disponível em:< Exposição e efeitos de fungos na saúde humana - ScienceDirect >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
BRAGOSZEWSKA, E.; MAINKA, A.; PASTUSZKA, J.; LIZONCZYK, K.; DESTA, Y. Assessment of Bacterial Aerosol in a Preschool, Primary School and High School in Poland. Atmosphere, v. 9, n. 3, p. 87, 2018. Disponível em:< Atmosphere | Free Full-Text | Assessment of Bacterial Aerosol in a Preschool, Primary School and High School in Poland (mdpi.com) >. Acesso em: 24 de abr. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RE Nº 9, de 16 de janeiro de 2003. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2003. Disponível em: < Minist�rio da Sa�de (saude.gov.br)>. Acesso em: 10 de out. 2023.
CARVALHO, L. I. C. Apergillus e aspergilose – Desafios no combate da doença. Universidade Fernando Pessoa. Mestrado em Ciências Farmacêuticas. Porto, 2013. Disponível em: . Acesso em: 01 de mar. 2024.
CHIRCA, I. The hospital environment and its microbial burden: challenges and solutions. Future Microbiology, 14(12), 1007–1010, 2019.
COSTA, K. C. Qualidade microbiológica do ar em ambientes climatizados. Dissertação (Mestrado apresentada ao Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2022. Disponível em:< Microsoft Word - Dissertação - Qualidade Microbiológica de Ar - Final (ufpb.br) >. Acesso em: 24 de abr. 2024.
FAIRS, A.; et al. Guidelines on ambient intramural airbone fungal spores. J. Investing Allergol Clin Immunol, v. 20, n. 6, p. 490-498, 2010.
FRANÇA, F. S.; LEITE, S. B. Micologia e virologia. SAGAH: Grupo A, 2018. 1 ed., E-book. ISBN 9788595026827. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026827/ >. Acesso em: 10 set. 2023.
FREIRE, F. C. O.; et al. Micotoxinas: importância na alimentação e na saúde humana e animal. Embrapa Agroindústria Tropical. Fortaleza, Ceará. p.48, 2007. Disponível em:< Dc-110.pdf (embrapa.br) >. Acesso em: 24 de abr. 2024.
GHANIZADEH, F.; GODINI, H. Uma revisão dos poluentes químicos e biológicos no ar interior em hospitais e avaliação dos seus efeitos na saúde dos doentes, funcionários e visitantes. Rev Saúde Ambiental. 2018; 33(3):231-245. DOI:10.1515/reveh-2018-0011. Disponível em:< Uma revisão dos poluentes químicos e biológicos no ar interno em hospitais e avaliação de seus efeitos na saúde de pacientes, funcionários e visitantes - PubMed (nih.gov) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
HERTWIG, A. M. V. Aspergillus toxigênicos em café e cacau: incidência, produção de micotoxinas e discriminação molecular de espécies de Aspergillus niger por PCR em tempo real. Dissertação (Mestrado em Ciência de Alimentos) – Faculdade de Engenharia de Alimentos. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2015. Disponível em:< vonhertwig_alinemorgan_m.pdf >. Acesso em: 25 de abr. 2024.
HIWAR, W.; et al. What is the relationship between indoor air quality parameters and airborne microorganisms in hospital environments? A systematic review and meta‐analysis. Indoor air, v. 31, n. 5, p. 1308–1322, 2021. Disponível em:< What is the relationship between indoor air quality parameters and airborne microorganisms in hospital environments? A systematic review and meta-analysis - PubMed (nih.gov) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
HOENIGL, M.; SALMANTON-GARCÍA, J.; WALSH, T. J.; et al. Diretriz global para o diagnóstico e manejo de infecções raras por fungos: uma iniciativa da Confederação Europeia de Micologia Médica em cooperação com a Sociedade Internacional de Micologia Humana e Animal e a Sociedade Americana de Microbiologia. Lancet Infect Dis, v. 21, n. 8, 2021. Disponível em:< Diretriz global para diagnóstico e manejo de infecções fúngicas raras: uma iniciativa da Confederação Europeia de Micologia Médica em cooperação com a Sociedade Internacional de Micologia Humana e Animal e a Sociedade Americana de Microbiologia - PubMed (nih.gov) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
IAMANAKA, B. T.; OLIVEIRA, I. S.; TANIWAKI, M. H. Micotoxinas em alimentos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica. Embrapa Agroindústria Tropical. Recife, v. 7, p. 138-161, 2010. Disponível em:< 18-Revisao-03.pdf (embrapa.br) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
KELLEY, S. T.; GILBERT, J. A. Studying the microbiology of the indoor environment. Genome Biology, v.14, n. 2, p. 202, 2013. Disponível em:< Estudo da microbiologia do ambiente interno - PMC (nih.gov) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
LANG-YONA, N.; et al. Annual distribuition of allergenic fungal spores in atmospheric particulate matter in the eastem mediterranean; a comparative study between ergosterol and quantitative PCR analysis. Atmospheric Chemistry and Physics. v. 12, p. 2681-90, 2012. Disponível em:< acp-12-2681-2012.pdf (copernicus.org) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
LAZAROTTO, M. Identificação e caracterização de Fusarium spp. e Pestalotiopsis spp. Associados a Carya illinoinesis no Rio Grande do Sul. Tese de doutorado. Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, 2013. Disponível em:< LAZAROTTO, MARILIA.pdf (ufsm.br) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
MOLINARO, E. M.; CAPUTO, L. F. G.; AMENDOEIRA, M. R. R. Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Educação Profissional em Técnicas Laboratoriais em Saúde, v. 2, p. 254. Rio de Janeiro: EPSJV; IOC, 2010. Disponível:< Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde, v. 2 (fiocruz.br) >. Acesso em: 24 de abr. 2024.
MORAIS, G. R.; SILVA, M. A.; CARVALHO, M. V.; SANTOS, J. G. S.; DOLINGER, E. J. O.; BRITO, D. D. Qualidade do ar interno em uma instituição de ensino superior brasileira. Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 2, p. 305-310, 2010. Disponível em:< (PDF) Qualidade do ar interno de uma instituição de ensino superior = Quality of the internal air of an institution of higher education (researchgate.net) >. Acesso em: 24 de abr. 2024.
NUCCI, F.; NOUÉR, S.; CAPONE, D.; ANAISSIE, E.; NUCCI, M. Fusariosis. In: Seminars in respiratory and critical care medicine. Thieme Medical Publishers, v. 36, n. 5, p. 706-714, 2015. Disponível em:< Fusariosis - PubMed (nih.gov) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO Guidelines for indoor air quality: Dampness and Mould. Europa, Reino Unido: Escritório Regional da OMS para a Europa, 2009. Disponível em:< #MouldBookCover.indd (who.int) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
PELUQUE, E. Isolamento, identificação molecular e potencial toxigênico de fungos e ocorrência de micotoxinas em misturas de cereais comercializadas no Brasil. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-05052014-154206/ . Acesso em: 07 mar. 2024.
PORTELA, P. O. Caracterização Microbiológiva em ambiente específico de uma biblioteca universitária. Dissertação (Mestre em Ciências Ambientais). Universidade Brasil, Fernandópolis, São Paulo, 2017 apud MICHELUZ, A.; et al. The extreme environment of a library: Xerophilic fungi inhabiting indoor niches. Internacional Biodeterioration & Biodegradation, Barking, v. 99, p. 1-7, 2015. Disponível em:< Mestrado Ciências Ambientais_Fernandópolis_Patrícia de Oliveira Portela_2017.pdf (universidadebrasil.edu.br) >. Acesso em: 24 de abr. 2024.
SALAZAR, C.; RUA, À. Características morfológicas microscópicas de espécies de Aspergillus asociadas a infecciones em humanos. Universidad de Antioquia. Hechos Microbiol. 2012, v. 3, n. 2, p. 93-96. Disponível em: . Acesso em: 01 de mar. 2024.
SANTANA, W. O.; FORTUNA, J. L. Microbiota de aparelhos de ar condicionado das áreas críticas de hospitais públicos e particulares e sua relação com as infecções hospitalares. Revista Biociências, v. 18, n. 1, 2012. Disponível em:< Microbiota de aparelhos de ar condicionado das áreas críticas de hospitais públicos e particulares e sua relação com as infecções hospitalares | Revista Biociências (unitau.br) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
SILVA, E. C. Ação de Cladosporium cladosporioides (Fresen.) G.A de Vries isolado de ambientes climatizados sobre as vias respiratórias de camundongos. 2019. 48 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde. Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde. Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2015. Disponível em:< : Ação de Cladosporium cladosporioides (Fresen.) G.A de Vries isolado de ambientes climatizados sobre as vias respiratórias de camundongos (ufal.br) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
SILVA, R. L. H. Evolução da aspergilose pulmonar invasiva produzida em camundongos tratados com anticorpos monoclonais anti GR-1Ly-6G e infectados com amostras de Aspergillus fumigatus que apresentaram distintos padrões de produção de elastase. Dissertação (Mestre em Ciências) – Departamento de Patologia e Medicina Legal, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/ SP. 2012. Dsiponível em:< Evolução da aspergilose pulmonar invasiva produzida em camundongos tratados com anticorpos... (usp.br) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
SUEHARA, M. B.; SILVA, M. C. P. Prevalência de fungos anemófilos no Brasil e a correlação com doenças respiratórias e infecções fúngicas. Ciênc. saúde coletiva, v. 28, n. 11, p.3289-3300, 2023. Disponível em:< scielo.br/j/csc/a/YWwgs9yRQyXnBny39pykqXy/?format=pdf&lang=pt >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
SRIKANTH, P.; SUDHARSANAM, S.; STEINBERG, R. Bio-aerosols in indoor environment: composition, health effects and analysis. Indian Journal of Medical Microbiology, v. 26, n. 4, p. 302–312, 2008. Disponível em:< BIO-AEROSOLS IN INDOOR ENVIRONMENT: COMPOSITION, HEALTH EFFECTS AND ANALYSIS - ScienceDirect>. Acesso em: 23 de abr. 2024.
WEIKL, F.; TISCHER, C.; PROBST, A. J.; HEINRICH, J.; MARKEVYCH, I.; JOCHNER, S.; et al. Fungal and Bacterial Communities in Indoor Dust Follow Different Environmental Determinants. PLoS ONE, v. 11, n. 4, 2016. Disponível em:< Fungal and Bacterial Communities in Indoor Dust Follow Different Environmental Determinants - PubMed (nih.gov) >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
WEIKL, F.; RADL, V.; MUNCH, J. C.; PRITSCH, K. Targeting allergenic fungi in agricultural environments aids the identification of major sources and potential risks for human health. Science of The Total Environment, v. 529, p. 223–230, 2015. Disponível em:< Targeting allergenic fungi in agricultural environments aids the identification of major sources and potential risks for human health - ScienceDirect >. Acesso em: 23 de abr. 2024.
Publicado
Edição
Seção
Licença
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html