A prevalência dos casos registrados de intoxicação por animais peçonhentos/venenosos no estado do Espírito Santo entre 2020 a 2022 e a sua conduta no cenário emergencial

Resumo

Em todo o Brasil, o número de acidentes por animais peçonhentos/venenosos vem crescendo, inclusive nas grandes capitais, em virtude principalmente do desequilíbrio ecológico. Se tratando da principal causa de intoxicação no estado do Espírito Santo (ES), os acidentes por animais peçonhentos/venenosos devem ser atendidos em unidades equipadas para atenção às urgências médicas, não só pela rapidez exigida na neutralização das toxinas inoculadas, como pela frequente necessidade de sustentação das condições vitais dos acidentados. O estudo trata-se de uma revisão quantitativa observacional do tipo transversal, utilizando os dados do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (CIATox) com população-alvo de estudo composta por indivíduos expostos/intoxicados por animais peçonhentos/venenosos no estado do Espírito Santo, durante no período 2020 a 2022. De acordo com os dados disponibilizados, no período analisado, os animais peçonhentos foram responsáveis por 45,26% do total de notificações por intoxicação no ES. Destes, os escorpiões foram responsáveis, em média, por 72% dos casos nos anos avaliados, seguidos por serpentes e aranhas. Com relação aos óbitos, os registros apontam uma média de 11,5% de mortes, com prevalência masculina em todas as faixas etárias afetadas. Se tratando de uma prevalente causa de intoxicação, estes acidentes passam a representar um problema de saúde pública. Dessa forma, faz-se importante o domínio do manejo, principalmente em casos moderados a graves, que necessitam de cuidados especializados em razão de seus sintomas emergenciais ocasionados pelas peçonhas e da possibilidade de óbito por envenenamento e complicações.