Percepção dos acadêmicos de medicina emformação médica frente à morte e ao morrer

Autores

  • Amanda Viguini Tolentino Correa
  • Bruna Giovenardi
  • Ludmila Oliveira Athayde Arleu
  • Morgana Caliman Rocha
  • Raquel Jackobsen Coelho
  • Vitor Farina Modenesi
  • Vinicius Santana Nunes

DOI:

https://doi.org/10.47621/

Resumo

Embora estejam introduzidos em uma conjuntura em que a morte é um evento natural e inevitável, os estudantes iniciam o curso de medicina visando salvar vidas. Nesse âmbito, existe uma pertinácia dos profissionais da saúde em cuidar de pacientes que reflete, muitas vezes, em protelar o óbito. A morte de um paciente, por vezes, traz ao estudante de medicina sentimentos de frustração, impotência ou incompetência. Paralelo a isso, o desenvolvimento das práticas dentro de ambientes hospitalares, além do acesso às disciplinas de bioética e de psicologia médica, contribui para a formação da responsabilidade essencial para enfrentar e respeitar o processo do morrer de seus futuros pacientes. A presente proposta pretende analisar o comportamento dos discentes de medicina de uma faculdade do Espírito Santo, além de compreender o que significa para estes alunos o enfrentamento da morte e do processo de morrer em sua prática formativa. Os dados foram coletados a partir de questionário aplicado, via ferramenta online Google Forms, à uma amostra aleatória e total de 180 alunos do 1º ao 12° período de medicina da faculdade em questão que, posteriormente, foram separados em ciclos para comparação entre si. Os dados obtidos demonstram que, ao longo do curso, as perspectivas dos alunos de medicina a respeito da morte de seus pacientes está falha quanto a abordagem do assunto e tema durante a formação e que a maioria percebe fragilidade nesse enfrentamento que o desenvolvimento da interação dos estudantes com os pacientes, melhora a preparação do estudante ao enfrentar o tema.

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Publicado

2025-05-28