Conhecimento dos estudantes do curso de medicina da Faculdade da Grande Vitória, ES, sobre diagnóstico de morte encefálica
Abstract
Diagnosticar e realizar a abertura do protocolo de morte encefálica (ME) é de suma importância no processo de doação de órgãos (DO). Entretanto, a subnotificação de casos de ME é frequente, dificultando ou até mesmo impossibilitando a continuidade do processo de DO. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos estudantes do último ano de medicina quanto ao diagnóstico de ME e a manutenção de um potencial doador. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, prospectivo, a partir dos dados colhidos por questionários aplicados em faculdade da Grande Vitória, ES, para alunos do sexto ano (11º e 12º períodos) do curso de Medicina. O estudo obteve dados por meio da aplicação de questionário, cujas perguntas envolveram conhecimentos prévios sobre ME, sobre a resolução nº 2.173/17 sobre ME, opinião sobre formação acadêmica e crenças pessoais. A amostra consistiu nas respostas obtidas de 32 questionários, sendo que 88% souberam definir corretamente ME. Apenas 50% dos alunos definiram corretamente o tempo mínimo para que seja iniciado o diagnóstico de ME como sendo de 6 horas. Em relação à formação acadêmica sobre ME, toda a amostra considerou a abordagem do tema necessária. Entretanto, apenas 56% julgaram que receberam formação adequada durante o curso. Mostrou-se necessária melhor abordagem sobre o tema, formando profissionais que estejam mais bem preparados para reconhecer os possíveis quadros clínicos de ME, reduzindo a subnotificação de casos e aumentando a possibilidade da doação de órgãos.References
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